“Quando emergi das seis semanas de jejum no deserto, vi uma forma melhor de – pensar – e – viver – e tentei transmitir o meu conhecimento aos meus companheiros Judeus, com pouco sucesso. É importante que você entenda que a pressão da opinião pública pesava sobre meus seguidores. Enquanto eles realmente acreditavam que eu trazia uma mensagem aos Judeus para “salvar a alma” e que eu era o Messias, o “Filho de Deus”, eles também eram do mundo, tentando relacionar-se com o mundo da melhor forma possível. Portanto, ainda que conhecessem meus sentimentos contrários às crenças dos Judeus, eles não estavam felizes em dispensar o Velho Testamento por completo, uma vez que este tinha apoiado e unido os Judeus durante toda a sua história. No interesse de preservar o que eles consideravam valioso nos velhos decretos, suprimiram qualquer descrição a respeito da “pessoa” que eu era.
“Meus discípulos e Paulo construíram seu próprio edifício de “crenças sagradas” com aquilo que queriam preservar de minha vida e ensinamentos. Eles ensinaram e consolidaram somente o que consideravam valioso para as pessoas – Judeus e gentios do mesmo modo – os daquele tempo e do futuro. Consequentemente, filtraram o que podiam usar e “deixaram de fora” a maior parte do que eu chamava os “Segredos do Reino de Deus”, pois eles nunca os compreenderam. Tampouco os acharam desejáveis na criação de uma nova percepção do “Divino” – o “Pai”.