Hoje estive re-relendo o livro CARTAS DE CRISTO.
Não me escandalizou o trecho em que Cristo fala de sua juventude como Jesus na
Palestina. Ao contrário, tudo me parece coerente com as ideias que tenho sobre
Jesus. Primeiro, porque, no meu entender, Jesus não nasceu Cristo; Jesus
tornou-se Cristo. Acredito que todos nós algum dia iremos nos tornar Cristo,
ou seja, iremos acessar a Consciência Crística. Aliás, isso ficou claro quando Jesus
disse “Eu garanto a vocês: quem acredita em mim, fará as obras que eu faço...”.
Obviamente, para fazer as obras que Jesus fez somente se tornando Cristo como
Ele se tornou”!
Na Carta 1, p. 9, lê-se:
(...)
“Como jovem, tornei-me impossível de controlar
– um verdadeiro rebelde! Rejeitei a adesão incondicional de minha mãe à fé e
tradições judaicas, preferindo o riso às atitudes hipócritas. Recusei-me a
aprender um ofício que me confinasse à rotina. Escolhi misturar-me com todo o
tipo de gente das classes mais desfavorecidas, bebendo com eles, conhecendo
prostitutas e me divertindo, conversando, discutindo, rindo e sendo um ocioso.
Quando precisava de dinheiro, ia trabalhar nos vinhedos por um dia ou dois ou
fazia trabalhos que me pagassem o suficiente para comer e beber, propiciando-me
o lazer que desejava.
“Apesar de todos os meus defeitos como ser
humano, minhas atitudes descuidadas e indolentes, minha obstinação e
determinação egocêntrica para pensar minhas próprias ideias sem me importar com
o que os demais pudessem pensar a meu respeito, eu tinha uma profunda
preocupação com as pessoas. Eu era profundamente emocional. Em palavras atuais
eu seria chamado de “hiper-reativo”, ‘hiperemotivo’. Tinha um coração caloroso,
compassivo e empático. A presença da doença, da aflição e da pobreza me
comoviam profundamente. Era um acirrado defensor daqueles que você chama de
“desamparados”. Poderia se dizer que eu era ‘gente do povo’. Vivi muito perto
dele em um espírito de companheirismo, escutando suas aflições, compreendendo-o
e me importando.
“É importante entender minhas verdadeiras
origens e minhas características na juventude, pois foram os estímulos que me
incitaram, empurraram e impulsionaram a finalmente ser o Cristo.”
Extraído do livro CARTAS DE CRISTO: a
Consciência Crística Manifestada. Almenara Editorial, 2012. Disponível em: