15/04/2025

FALHAS NA BÍBLIA

“OLHO POR OLHO” OU “AMAR AO PRÓXIMO”?

De acordo com a Bíblia, Jesus disse: “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes PLENO cumprimento” (Mateus 5,17).

Se Jesus tivesse dito isso — e se comportado dentro da Lei —, dificilmente Ele teria sido crucificado pelos religiosos da época.

Está claro que Jesus não cumpria a Lei, por exemplo:

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda!”? (5,38-39).

Jesus recomendou “amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês” (Mateus 5,44), mas, em Sofonias 3,15, lê-se: “Javé mudou a sentença que tinha contra você, ELIMINOU O SEU INIMIGO.”

Com o “amar ao próximo”, Jesus revogou, por exemplo, os Dez Mandamentos. Quem “ama ao próximo”, não mata, não rouba, não adultera, etc.

Mas por que essas FALHAS NA BÍBLIA?

Trabalho com as hipóteses seguintes:

Primeira, Jesus nada escreveu e nada gravou, portanto os seus ensinamentos — assim como os do Antigo Testamento — foram escritos de acordo com a interpretação de cada autor. Sem falar de possíveis “fake news”. Já pensaram na comunicação “boca a boca” naqueles tempos? Os Evangelhos de Mateus e Lucas tiveram como referência o Evangelho de Marcos. O Evangelho que mais se aproxima dos ensinamentos esotéricos de Jesus é o de João. A propósito, em João 5,39-40, lê-se: “Vocês vivem estudando as Escrituras, pensando que vão encontrar nelas a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim. Mas vocês não querem vir a mim para terem a vida eterna”.

Segunda, certamente não havia LIBERDADE DE EXPRESSÃO como temos hoje (?). Assim os evangelistas tiveram que ajustar os ensinamentos de Jesus aos do Antigo Testamento. Tiveram que negociar o texto final, senão a “Lei proposta por Jesus não seria aprovada pelo Congresso Nacional”! Sem falar dos interesses das classes dominantes: romanos e líderes religiosos.

Tudo isso está claro no livro CARTAS DE CRISTO, onde se lê:

“Você, que foi doutrinado com ensinamentos religiosos, deve tentar compreender que meus discípulos evangelistas, ao relatarem minha vida, descreveram somente aquilo de que se lembravam pessoalmente e que apoiava plenamente seus relatos de minhas atividades “sobrenaturais”. Eles também incluíram muitas coisas que outros disseram sobre mim durante os cerca de trinta anos que se seguiram a minha morte. Depois de tamanho lapso de tempo e do inevitável embelezamento da verdade – como é possível que tenham escrito uma “biografia” fidedigna a meu respeito e de tudo o que realmente aconteceu... ou explicar corretamente minhas percepções espirituais verdadeiras, as quais deram origem às minhas palavras e meus “milagres”?
(...)
“Meus discípulos e Paulo construíram seu próprio edifício de “crenças sagradas” com aquilo que queriam preservar de minha vida e ensinamentos. Eles ensinaram e consolidaram somente o que consideravam valioso para as pessoas – Judeus e gentios do mesmo modo – os daquele tempo e do futuro. Consequentemente, filtraram o que podiam usar e “deixaram de fora” a maior parte do que eu chamava os “Segredos do Reino de Deus”, pois eles nunca os compreenderam. Tampouco os acharam desejáveis na criação de uma nova percepção do “Divino” – o “Pai”.
(...)
“A Religião Cristã, tal como se apresenta neste momento, é simplesmente uma miscelânea de pensamentos confusos provenientes das recordações seletivas dos meus discípulos, das conceituadas pregações de Paulo e de outros escritos antigos.”

O livro CARTAS DE CRISTO está disponível em:

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