“Minha fome tornou-se dolorosa. Ocorreu-me que
poderia transformar pedras em pão e satisfazer minha necessidade de comida,
pois me lembrava que o “Pai Poder Criativo” trabalhava por meio da minha mente
e, portanto, tudo no universo estaria sujeito ao meu comando.
“Estive a ponto de pronunciar a “palavra” que
transformaria as pedras em pão, mas algo em mim interrompeu-me abruptamente.
Veio-me fortemente que o “Pai Consciência Criativa” era a perfeita proteção,
nutrição, satisfação das necessidades e, assim, minha fome seria saciada, se eu
pedisse ao “Pai” por alívio.
“Compreendi que se o pequeno “eu”, meu “eu”
humano, em minha necessidade, usasse o “Poder Criativo” por motivos egoístas,
eu levantaria uma barreira entre mim e o “Pai Consciência Criativa” e tudo o
que eu acabara de aprender poderia muito bem ser tirado de mim.
“Isto me assustou, e rapidamente pedi ao “Pai
Poder Criativo” para conceder-me novas forças e levar-me de volta às moradias e
a Nazaré. Também pedi o alívio da fome, da maneira que fosse a mais correta
para mim.
“Imediatamente a fome diminuiu e senti uma onda
de energia fluir por todo o meu corpo. Assim, eu comprovei que tudo o que eu
tinha visto, ouvido e aprendido era “realidade” e não apenas imaginação
decorrente do tempo em que estive no deserto, sozinho e em jejum. Essa nova
energia tornou-me capaz de andar depressa pelos ásperos caminhos de saída do
deserto.”
Extraído do livro CARTAS DE CRISTO. Almenara
Editorial, 2012. Disponível em (p. 34):